Considerado por muitos o livro mais impactante de Graciliano, foi minha segunda experiência lendo algo do autor e como em vidas secas, S. Bernardo também se tornou um favorito por aqui, um livro necessário e muito significativo!
Esse é o segundo romance de Graciliano, publicado em 1934 faz parte da segunda fase do modernismo que vai de 1930 a 45, um momento forte do regionalismo e só tem escritor consagrado nesse período, Graciliano não fica para trás nesse quesito!
O personagem até onde pude notar é uma figura materialista e capitalista mesmo que não fale muito a respeito durante sua narrativa, sua linguagem vem de encontro com sua ideologia, então a forma como ele nos explica os fatos são muito baseados em suas experiências inclusive suas leituras muito voltadas a agricultura, agropecuária, então o leitor tem uma linguagem mais dura com termos nesse sentido. Ele até nos conta como pensou a obra antes de iniciá-la.
Paulo nos conta então de forma direta e sincera os trajetos de sua vida até se tornar grande latifundiário, ele não mediu esforços para alcançar seus objetivos mesmo que fosse preciso deixar de lado sua ética e escrúpulos. Sendo um homem brutalizado, envolve- se em uma briga é preso, seu maior obejtivo quando sai da cadeia é conquistar uma fazenda e não mede esforços para isso!
0 comentários