“Eu fui à floresta porque queria viver livre. Eu queria viver profundamente, e sugar a própria essência da vida… Expurgar tudo o que não fosse vida; E não, ao morrer, descobrir que não havia vivido“.
A leitura de Walden é uma experiência bastante linear, aviso que trata-se um de livro que pode ou não lhe prender, isso vai depender da sua relação com a escrita e com o que está sendo narrado, aqui a história é sobre as idealizações do autor, esse que por sua vez é um dos maiores críticos da civilização industrial, reconhecido principalmente como ativista político. Publicado pela primeiro vez 1954 a obra apresenta um experimento social vivido pelo autor, onde ele decidi retirar-se da área Urbana para as margens do lago Walden, em uma pequena cabana ele se reinventa enquanto homem e durante esse percurso reflete diante do leitor, Thoreau constrói do zero móveis, planta seus alimentos, os prepara para o seu próprio consumo e faz descobertas espirituais, tudo isso é compartilhado com o leitor e maneira inavegável
A obra possui particularidades marcantes para o leitor que aos poucos vai se envolvendo com o universo de Thoreau,em alguns momentos fica difícil não julgar o autor em outros percebemos sua essência e nos inspiramos com ela, as camadas que o livro constroem no leitor é o mais significativo na leitura, essas mesmas camadas podem se tornar tão relevantes ao ponto de repensarmos a forma como vivemos e se é isso mesmo que desejamos para o futuro.
0 comentários