Publicado pela primeira vez no ano de 1848, período inicial da carreira do autor, este é um conto que faz parte do período inicial de Dosto. Noites brancas recebeu várias adaptações cinematográficas, narrado em primeira pessoa por um personagem sem nome, peculiar, não acha?
O personagem aqui é bastante sozinho e por isso vive dentro de seus pensamentos mais do que o normal, torna-se um sonhador e por meio dessas características conquista o leitor ao longo da leitura. O conto é dividido em seis partes: Primeira Noite, Segunda Noite, História de Nastenka, Terceira Noite, Quarta Noite e Manhã. Conhecemos então, por meio da narrativa, as experiências vividas pelo personagem em São Petersburgo, ali ele conhece tudo muito bem, nos mínimos detalhes, as casas, as ruas, as cores, etc.
Algo muda quando Nastenka aparece para o nosso narrador em um primeiro momento sozinha na rua e chorando, curioso para saber o que há de errado com a moça. Ele não se aproxima de imediato, é só quando ele escuta seu grito que ela vai até ela para socorro! Durante a leitura, o personagem esclarece sua timidez, pois nunca teve uma mulher.
A partir desse ponto, o leitor toma conhecimento sobre a moça, sua origem e sua rotina, também bastante peculiar aos olhos de quem lê. Noites Brancas nos mostra um sentimento que nasce e cresce ao longo do encontro de Nastenka e nosso personagem misterioso, mas que por diversos pontos não podem ficar juntos de fato.
“Meu Deus! Um minuto inteiro de deleite! Por acaso isso não basta para toda uma vida humana?…”
A escrita de Dosto penetra a alma do leitor de uma maneira genuína, a construção desse personagem que nem sabemos o nome se torna a cada página mais cativante, o caráter, a atitude, a maneira como ela interage com sua amada é um deleite para o leitor. O sonhador proporciona esperança, alegria, tristeza em sua narrativa e a mescla desses sentimentos é o que torna Noites Brancas um livro tão especial.
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