Mansfield Park – Jane Austen

Diferentemente de razão e sensibilidade (livro que ainda não trouxe considerações aqui para o feed, em breve trago), em Mansfield Park consegui ler de forma mais fluída a narrativa proposta por Austen.


Nesse romance conhecemos Fanny, uma jovem vinda de uma família necessitada adotada muito cedo pelos tios mais afortunados. Muito apegada a um dos irmãos, Fanny entra em profunda tristeza pela separação. Sua nova a família tenta tratar ela da melhor forma possível nesse primeiro momento, mas, sua tristeza e demora para se acostumar a sua nova casa acaba causando um sentimento de ingratidão diante de das pessoas que a cercam, eles a enxergam como ingrata em dado momento, não conseguem entender o porquê ela não estaria feliz em um lugar melhor, onde não lhe falta nada.


Edmund (primo) é um dos poucos que tratam Fanny de maneira amigável na casa, por ele a jovem acaba nutrindo um sentimento secreto, Fanny é uma personagem muito tímida, enquanto leitora acredito que isso atrapalha seu desenvolvimento na história, algumas coisas vão mudando com o passar dos anos já na fase mais adulta todos na casa começam a passar por situações que vão moldando quem são (caráter). O estilo de escrita da autora fica bem presente nessa obra.


Mansfield Park foi lançado em 1814 quando jane Austen tinha 38 anos, a princípio foi publicado em três volumes, a autora morreria apenas 3 anos depois, considerado fruto de um trabalho amadurecido por Jane consequentemente sua escrita também sofreu esse amadurecimento, a proposta de heroína e a sutil análise da sociedade e da moral tornam o livro tão significativo quanto vocês possam imaginar, uma obra de fato bastante profunda quando a lemos e aceitamos sua forma plena, suas convenções e regras.

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