Este é um livro que une o terror e gótico perfeito para iniciarmos outubro, mas, para além dessa temática sombria, o papel de parede amarelo é união de sete contos inesquecíveis, escritos de maneira fluída, que prende o leitor do início ao fim.
Publicado em 1892, é considerado um dos textos precursores da literatura feminina americana. Charlotte Perkins Gilman, por meio da ficção, teceu nesta obra uma contundente denúncia aos métodos ineficazes e humilhantes de tratamento da saúde mental impostos às mulheres de sua época.
Ler está obra traz tanto significado e reflexão que não poderia deixar de compartilhar com vocês. Em todos os contos, o leitor encontra a crítica afiada e o desabafo da autora em suas histórias, mas em "O papel de parede amarelo" título do segundo conto do livro ela trabalha uma espécie de autobiografia, Charlotte narra sua triste jornada depressiva e uma época em que ser mulher significava privação e submissão de pensamentos e ideias até da própria existência.
A escrita de Gilman possui uma atmosfera sombria, você não será o mesmo após ler seus contos. São histórias que vibram e reverberam em nossa mente por dias a fio, uma verdadeira alegoria da opressão feminina. Em um casamento frustrante, tomamos nota de como a autora lidou com sua dor e depressão. No conto que dá origem a essa obra, a autora trabalha uma espécie de obsessão construída no papel de parede do quarto da casa assombrada em que está morando atualmente para descanso e busca da cura para sua doença mental, mas ali naquele ambiente o que a protagonista começa a enxergar de fato é uma verdadeira prisão naquele papel de parede.
Os demais contos trabalham de maneira profunda e audaciosa, investigação, fantasmas e muito mistério. Você ainda vai encontrar temas como assassinato e abuso nessas histórias, são de tirar o fôlego, entretanto, buscam ao mesmo tempo reflexão e ponderação sobre as temáticas abordadas!
Já conheciam este livro?
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