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[Resenha] Orgulho e Preconceito - Jane Austen @martinclaret

Minha releitura de "Orgulho e Preconceito" foi uma das melhores decisões que tive enquanto leitora nos últimos dias, quando li pela primeira vez o framigerado clássico de Jane Austen tive uma experiência bem negativa, tanto pela leitura tanto pelo momento em que a realizei, a falta de familiaridade com a escrita, o período e tudo que envolve a história me trouxe uma impressão ruim e negativa sobre o livro. Quse oito anos depois admito que minha maturidade como leitora mudou muito e isso me auxiliou e me fez enxergar as belezas presentes na obra, espero que gostem da resenha!

Sinopse: Jane Austen inicia Orgulho e Preconceito com uma das mais célebres frases da literatura inglesa: "É uma verdade universalmente reconhecida que um homem solteiro e muito rico deve precisar de uma esposa". O livro é o mais famoso da escritora e traz uma série de personagens inesquecíveis e um enredo memorável. Austen nos apresenta Elizabeth Bennet como heroina irresistível e seu pretendente aristocrático, o sr. Darcy. Nesse livro, aspectos diferentes são abordados: orgulho encontra preconceito, ascendência social confronta desprezo social, equívocos e julgamentos antecipados conduzem alguns personagens ao sofrimento e ao escândalo. Porém, muitos desses aspectos da trama conduzem os personagens ao auto-conhecimento e ao amor. O livro pode ser considerado a obra prima da escritora, que equilibra comédia com seriedade, observação meticulosa das atitudes humanas e sua ironia refinada.

Como mencionei esse foi o primeiro livro que li da autora, considerado uma obra prima clássica com uma história marcante e envolvente, umas das coisas que mais apreciei nessa segunda leitura foi quando finalmente pude notar a crítica social presente em sua escrita, a autora narra as tradições, os costumes, os preconceitos tudo de uma forma bastante minunciosa e análitica presentes naquela época em que se passa a estória, inicio do século XIX, por meio da leitura conhecemos de perto a sociedade inglesa e tudo que vem com ela naquele período.


Enquanro leitores percebemos o preconceito que existia naquele período de uma maneira quase palpavél, a sociedade em questão se gabava de seus status e condenadava de forma quase que cruel a falta dele em algumas famílias não tão afortunadas, o objetivo na criação de seus filhos era claro e único. Os homens deveriam constituir família, achar uma boa esposa, que fosse prendada o sulficiente e que lhe concedesse a graça de sua beleza e atributos, as mulheres essas condenadas de forma implacavél eram destinadas a encontrar o melhor dos partidos, um homem bom, educado e rico, quanto mais afortunado ele fosse melhor, esse era o único destino admitível a uma mulher daquela época.


Para isso, elas eram sujeitadas a bailes e apresentações sociais sem fim, era como uma caça que vença a melhor! Algumas por não conhecerem outros caminhos adoravam essas reuniões e investidas ao público masculino, achavam tudo muito natural e de grande importância na hora de garantir seus futuros.


Conhecemos os personagens dessa história que retratam fielmente todo esse estilo de vida, Darcy é um exemplo vivo de homem exigente, arrogante até eu diria e que quando se vê apaixonado por uma mulher considerada inferior custa acreditar em seus próprios sentimento e os nega por bastante tempo antes de aceitá-los de fato. Seu orgulho em relação a esse amor foi maior em muitas passagens do livros até que por fim ele cedeu.

Sr Darcy conhece Elizabeth por meio de uma amigo o Sr. Bingley, este que por sua vez esta envolvido com a irmã de Lizzy, ambas fazem parte da espalhafatosa família Bennet. No inicio Darcy nutre um sentimento de repúdio por Lizzy por conta de sua inferioridade social se comparada a dele.

“Qual delas? – perguntou ele, voltando-se e detendo o olhar em Elizabeth por um instante, até que, encontrando-lhes os olhos, desviou os seus e disse friamente: – É tolerável; mas não tem beleza suficiente para tentar a mim […]”

Elizabeth uma jovem inteligente que cultua com os livros e que assim como seu futuro marido não simpatiza inicialmente com ele, para ela Darcy não passa de um homem orgulhoso e presunçoso, que se sustenta em sua riqueza e acha que somente isso basta. Ela acaba se sujeitando a presença de Darcy devido a proximidade de sua irmã e seu melhor amigo, mas a jovem não se intimida pelo jeito arrogante de ser dele e isso acaba trazendo ares até cômicos em seus diálogos durante a leitura. 

“- O Senhor pretende me intimidar, Sr. Darcy, aproximando-se com toda esta imponência? Mas não ficarei inibida, embora sua irmã toque tão bem. Possuo uma obstinação que impede a vontade alheia de me amedrontar. Minha coragem sempre é despertada quando tentam me intimidar.”

Minha experiência foi muito mais significativa na releitura do que quando li pela pirmeira vez conforme comentei no inicio da resenha, acredito que a maturidade para compreender a obra é mais que necessária, uma história clássica, de época, mas com abordagens muito atuais, trata de questões sociais extremamente ligadas a realidade que nos cerca e que nos ensina a todo momento.

Para além dessa realidade a descrição e construção de amor puro, avassalador e talvez imcompreendido por muitos da época em que os personagens estão, trata-se de uma obra rica, completa e muito envolente sem dúvida um trabalho impecável feito pela autora que se tornou consagrada por suas grandes histórias, que muito antes de relações amorosas, busca nos mostrar questões significativas e de grande importância crítica socialmente falando.

Xoxo

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