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[Resenha] Paris é para sempre - Ellen Feldman - @editoravestígio

Sempre fui muito curiosa por histórias que abordassem nosso passado, sobre o holocausto, a guerra de forma geral nosso comportamento naquele período e agora se tornaram objetivo de análise enquanto leitora dessa temática, geralmente os livros nos levam por caminhos de batalhas e lutas tortuosas, mas diferente do que encontro na maioria das obras que leio com essa abordagem em "Paris é para sempre" fui levada pelos traumas que a guerra nazista causou.

Sinopse: Durante a Segunda Guerra Mundial, Charlotte vive em Paris com a filha, Vivi, e trabalha em uma livraria. Como milhares de parisienses sob a ocupação alemã, ela enfrenta toda sorte de dificuldades para sobreviver e alimentar sua criança, nascida no início do conflito. Uma série de acontecimentos – e uma história de amor impensável – alteram sua rotina na loja. Com a vitória dos Aliados e a retirada dos alemães, ela se muda para a América como judia exilada e inicia uma nova vida em uma típica editora nova-iorquina. Alternando entre a Paris do tempo da guerra e a Nova York dos anos 1950, Paris é para sempre, de Ellen Feldman, conta uma história extraordinária de resiliência, amor e escolhas impossíveis, escolhas que podem sempre cobrar um preço alto. A guerra acabou, mas o passado nunca passa. Um belo romance que revela diversas nuances de cada personagem, de suas relações, de suas opções e impossibilidades, desconstruindo julgamentos precipitados e penetrando fundo nos limites de cada um. “Magistral. Magnífico. Uma apaixonante história de sobrevivência e uma leitura empolgante. Esta história vai permanecer comigo por muito tempo.” – Heather Morris, autora de O tatuador de Auschwitz e A viagem de Cilka

Focada nos traumas que a guerra causou a leitura nos proporciona entender melhor os conflitos  que que persistem dentro das pessoas que viveram e sobreviveram aquele período. Dias violentos, crueis e que tornaram a leitura interessante.


Acomapanhamos a trajetória de vida pós guerra de Charlotte e sua filha Vivi, essa que nasceu antes da segunda guerra começar e por isso teve uma criação difícil e traumática, durante a criação de sua filha Charlotte enfrentava a escassez de recursos por conta da guerra, os perígos, a fome entre tantas outras armadilhas nazistas, tudo isso se agrava porque mãe e filha estavam sozinha, seu marido combatente havia morrido servindo. 


Já na década de 50 Charlotte trabalha em uma editora, porém em seu dia a dia o passado ainda é muito palpavél, todos os dias surgem em sua memória abalada os resquícios daquele árduo período e o medo volta com tudo para assombrá-la. Um novo perosnagem ressruge na vida da protagonista tornando sua luta por sobrevivência física e mental ainda mais dificil e intensa, passamos a analisar até onde a culpa de que Charlotte carrega vai  se vale pena tudo isso mesmo para assegurar a vida de sua filha?


Ellen Feldman cria uma belissímahistória alternando entre a décadas de 50 e os horrores da ocupação nazista em Paris, nos leva por uma escrita comovente, intensa e detalhista que tem como base as lembranças de seus personagens. A característica mais singular e talvez ao meu ver a melhor é que o livro trata de histórias de sobreviventes comuns, pessoas comuns, não grandes nomes daquele período, característica que sinto aproxima ainda mais o leitor da obra lida.


Apesar da carga emocional o livro é bom de se ler, nos faz refletir e nos mostra um pouco da história passada, de como não devemos mais agir, uma experiência magnifica que rerecomendo a todos!


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